Veterinária fala sobre depressão em animais de estimação
Veterinária fala sobre depressão em animais de estimação
Por Vivian Silva
A Organização Mundial da Saúde (OMS) frequentemente alerta para a depressão que, infelizmente, acomete a população mundial. Porém, o que muitas pessoas não sabem é que a doença pode afetar também nossos amigos de quatro patas.
Para entender um pouco mais sobre o tema, conversamos com a veterinária e coordenadora clínica do Grupo Vet Popular, Meire Nascimento Lima, que comenta que a depressão pode afetar cães e gatos, com mais propensão em cachorros.
Viva Cidade News (VCN) - É comum a depressão em animais?
Meire Nascimento Lima (MNL) -
Sim, muitas vezes temos animais com
quadros de depressão, raramente, percebidos na sua rotina domiciliar.
VCN - Quais são os principais sintomas da doença nos animais?
MNL - Alterações ambientais como, por exemplo, destruição de objetos, escavações no ambiente, ele perde
o interesse em brincar e interagir com
seu tutor. Alterações comportamentais como isolamento social, medo,
fobia, agressividade, defeca e urina
em locais inadequados, lambedura de
patas, perda de apetite, alterações do
sono e mais graves como automutilação. Alterações metabólicas: o estresse
contínuo pode desencadear alterações
hormonais, que podem alterar o sistema gastrointestinal causando anorexia, vômito e diarreia.
VCN - Quando o tutor deve procurar ajuda?
MNL - Quando perceber qualquer
associação destes sintomas acima.
VCN - Como é o tratamento?
MNL - Normalmente a terapia é
pela homeopatia ou com florais. Em casos mais extremos, que não tenha boa
resposta a homeopatia, o médico veterinário poderá dar sequência com medicamentos alopáticos. Estes pacientes
podem ser acompanhados por profissionais especializados em comportamento
animal, que auxiliam na terapia de socialização e comportamento domiciliar.
VCN - É possível prevenir?
MNL - Sim, a prevenção deve acontecer de maneira que não deixe o animal
sozinho por longos períodos e, diariamente, reservar um período do dia para
brincadeiras e interação entre o tutor e
o pet. Importante também fazer passeios
que ajudam na distração do pet. Em caso
de mudanças, o ideal é levar o pet para
algumas visitas na nova casa, para se ambientar antes de se mudar.
Em caso de separação dos tutores
procurar o melhor acordo entre as partes
pensando no bem estar do animal como
a guarda compartilhada, ou visitas semanais/quinzenais ao pet.
Fonte: Jornal Viva Cidade News
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