Veterinária fala sobre depressão em animais de estimação

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24 Jan

Veterinária fala sobre depressão em animais de estimação


Por Vivian Silva

A Organização Mundial da Saúde (OMS) frequentemente alerta para a depressão que, infelizmente, acomete a população mundial. Porém, o que muitas pessoas não sabem é que a doença pode afetar também nossos amigos de quatro patas.

Para entender um pouco mais sobre o tema, conversamos com a veterinária e coordenadora clínica do Grupo Vet Popular, Meire Nascimento Lima, que comenta que a depressão pode afetar cães e gatos, com mais propensão em cachorros.

Viva Cidade News (VCN) - É comum a depressão em animais?
Meire Nascimento Lima (MNL) - Sim, muitas vezes temos animais com quadros de depressão, raramente, percebidos na sua rotina domiciliar.

VCN - Quais são os principais sintomas da doença nos animais?
MNL - Alterações ambientais como, por exemplo, destruição de objetos, escavações no ambiente, ele perde o interesse em brincar e interagir com seu tutor. Alterações comportamentais como isolamento social, medo, fobia, agressividade, defeca e urina em locais inadequados, lambedura de patas, perda de apetite, alterações do sono e mais graves como automutilação. Alterações metabólicas: o estresse contínuo pode desencadear alterações hormonais, que podem alterar o sistema gastrointestinal causando anorexia, vômito e diarreia.

VCN - Quando o tutor deve procurar ajuda?
MNL - Quando perceber qualquer associação destes sintomas acima.

VCN - Como é o tratamento?
MNL - Normalmente a terapia é pela homeopatia ou com florais. Em casos mais extremos, que não tenha boa resposta a homeopatia, o médico veterinário poderá dar sequência com medicamentos alopáticos. Estes pacientes podem ser acompanhados por profissionais especializados em comportamento animal, que auxiliam na terapia de socialização e comportamento domiciliar. 

VCN - É possível prevenir?
MNL - Sim, a prevenção deve acontecer de maneira que não deixe o animal sozinho por longos períodos e, diariamente, reservar um período do dia para brincadeiras e interação entre o tutor e o pet. Importante também fazer passeios que ajudam na distração do pet. Em caso de mudanças, o ideal é levar o pet para algumas visitas na nova casa, para se ambientar antes de se mudar.
Em caso de separação dos tutores procurar o melhor acordo entre as partes pensando no bem estar do animal como a guarda compartilhada, ou visitas semanais/quinzenais ao pet.



Fonte: Jornal Viva Cidade News


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