Avaliação facial, conheça o primeiro passo do seu tratamento estético
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Avaliação facial, conheça o primeiro passo do seu tratamento estético
Quando o assunto são tratamentos
estéticos, a relação entre paciente e médico pode ser mais complicada.
Muitos se sentem especialistas nos tratamentos disponíveis, aliás, era de se
esperar, constantemente ouvimos falar
sobre os procedimentos na mídia e redes sociais. Ficamos sabendo de alguma intervenção que certa celebridade
fez e que ficou ótima, então, quando
conseguimos, vamos ao médico e dizemos que queremos ficar igual.
Mas poucos sabem do processo de avaliação facial, que é feito pelo profissional justamente para determinar qual o procedimento mais indicado para cada caso. A Dra. Alessandra Haddad é professora, médica e CEO e vai nos contar um pouco sobre a avaliação, o alinhamento de expectativas e a relação de confiança entre médico e paciente na área da estética
Em geral, as pessoas chegam já
com uma ideia do que querem ou estão
abertas à sua avaliação?
Esse é um ponto importante, pois
normalmente as pessoas chegam pedindo um tratamento e não um diagnóstico. Isto é natural diante dos apelos da mídia nesta área, mas cabe ao
profissional fazer o diagnóstico. Bons
profissionais levam em conta o desejo
do paciente, mas associam a isto um
processo de avaliação facial minucioso, para ver se o tratamento pedido pelo
paciente vai corresponder às expectativas dele.
Quais os principais pontos que
você costuma olhar?
Na avaliação facial fazemos uma
análise qualitativa da condição estrutural óssea, de gordura, pele e músculos da face do paciente, e também uma
análise quantitativa que vê as proporções e a simetria dos ângulos da face,
aqui usamos medições que nos ajudam
no diagnóstico.
A decisão sobre qual tratamento
fazer é mais do paciente ou do médico?
A decisão do tratamento é conjunta, na verdade o paciente traz o que
é desejado e o médico profissional experiente traça o que é possível. A decisão tem que ser de comum acordo,
pois quando só a opinião do paciente
é levada em conta a margem de erro é
grande. Da mesma forma, quando só
a opinião do profissional é levada em
consideração a chance de insatisfação
também é grande. A parceria e a sinergia conduzida pela experiência e humildade do profissional são a chave do
sucesso.
Você já se recusou a fazer algum
procedimento? Em que contexto isso
acontece?
Sim, já me recusei a fazer alguns
tratamentos quando acho que esteticamente o resultado não será bom, em
termos de proporção e harmonia. Em
última análise, o rosto do paciente leva
a minha assinatura e eu sou responsável por assinar algo que eu esteja de
acordo, não é verdade? Afinal ninguém
assina um contrato se não estiver de
acordo.
Por outro lado, é fácil falar para
o paciente que seria bom tratar alguma área que ele não havia mencionado
como preocupação?
Às vezes o paciente não tem ideia
de que o lugar que ele quer tratar está
ruim como consequência de outro problema, aí cabe ao médico achar uma
linguagem para explicar isto e mostrar
a necessidade do tratamento da outra
área. Com humildade e conhecimento,
mostrando bom senso e abertura, geralmente o paciente acaba por acatar a
nossa opinião.
Colaboração: Renata Koraicho
Fonte: Jornal Viva Cidade News
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