Avaliação facial, conheça o primeiro passo do seu tratamento estético

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08 Fev

Avaliação facial, conheça o primeiro passo do seu tratamento estético


Quando o assunto são tratamentos estéticos, a relação entre paciente e médico pode ser mais complicada. Muitos se sentem especialistas nos tratamentos disponíveis, aliás, era de se esperar, constantemente ouvimos falar sobre os procedimentos na mídia e redes sociais. Ficamos sabendo de alguma intervenção que certa celebridade fez e que ficou ótima, então, quando conseguimos, vamos ao médico e dizemos que queremos ficar igual.

Mas poucos sabem do processo de avaliação facial, que é feito pelo profissional justamente para determinar qual o procedimento mais indicado para cada caso. A Dra. Alessandra Haddad é professora, médica e CEO e vai nos contar um pouco sobre a avaliação, o alinhamento de expectativas e a relação de confiança entre médico e paciente na área da estética

Em geral, as pessoas chegam já com uma ideia do que querem ou estão abertas à sua avaliação?
Esse é um ponto importante, pois normalmente as pessoas chegam pedindo um tratamento e não um diagnóstico. Isto é natural diante dos apelos da mídia nesta área, mas cabe ao profissional fazer o diagnóstico. Bons profissionais levam em conta o desejo do paciente, mas associam a isto um processo de avaliação facial minucioso, para ver se o tratamento pedido pelo paciente vai corresponder às expectativas dele.

Quais os principais pontos que você costuma olhar?
Na avaliação facial fazemos uma análise qualitativa da condição estrutural óssea, de gordura, pele e músculos da face do paciente, e também uma análise quantitativa que vê as proporções e a simetria dos ângulos da face, aqui usamos medições que nos ajudam no diagnóstico.

A decisão sobre qual tratamento fazer é mais do paciente ou do médico?
A decisão do tratamento é conjunta, na verdade o paciente traz o que é desejado e o médico profissional experiente traça o que é possível. A decisão tem que ser de comum acordo, pois quando só a opinião do paciente é levada em conta a margem de erro é grande. Da mesma forma, quando só a opinião do profissional é levada em consideração a chance de insatisfação também é grande. A parceria e a sinergia conduzida pela experiência e humildade do profissional são a chave do sucesso.

Você já se recusou a fazer algum procedimento? Em que contexto isso acontece? 
Sim, já me recusei a fazer alguns tratamentos quando acho que esteticamente o resultado não será bom, em termos de proporção e harmonia. Em última análise, o rosto do paciente leva a minha assinatura e eu sou responsável por assinar algo que eu esteja de acordo, não é verdade? Afinal ninguém assina um contrato se não estiver de acordo.

Por outro lado, é fácil falar para o paciente que seria bom tratar alguma área que ele não havia mencionado como preocupação?
Às vezes o paciente não tem ideia de que o lugar que ele quer tratar está ruim como consequência de outro problema, aí cabe ao médico achar uma linguagem para explicar isto e mostrar a necessidade do tratamento da outra área. Com humildade e conhecimento, mostrando bom senso e abertura, geralmente o paciente acaba por acatar a nossa opinião.

Colaboração: Renata Koraicho



Fonte: Jornal Viva Cidade News

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